CHEGADA A MARCAPATA – CAPITAL DO IMPÉRIO INCA

Chegamos a Marcapata, comuna andina no pé da Cordilheira, às 9 horas da noite, frio de -2 graus, completamente sujos de lama e fomos dormir em um alojamento muito simples, mas a hospitalidade da família peruana nos deixou impressionados com tamanha nobreza. Nos fez rever valores, onde pessoas são felizes com tão pouco.

O mal da montanha, o soroche, já tinha começado a deixar vítimas em nossa turma. A pressão do David baixou, sua cabeça doia muito , e os peruanos providenciaram chá de coca pra Kambada, porque senão o soroche(mal da montanha)ia pegar geral.

Acordamos 8 horas, demos uma volta na comuna, e pegamos a cordilheira pelo Paso Abra Pirhuayani, o paso fronteiriço mais alto da América do Sul, a 4720 metros de altitude. Rumo a Cusco, apesar do frio e da altitude, parávamos toda hora para documentar o espetáculo deste paso, que divide a Amazônia peruana com os Andes.

Com o sol a pino, as montanhas se apresentavam a cada curva com uma cor diferente, vermelho, amarelo, prata, branco por causa dos nevados. Temperatura de 2 graus. Este paso, faz parte da Interoceanica, e aviso aos que forem a Cusco por ele. Se preparem para pressão extrema no corpo e frio intenso.

Mas a beleza do local nos faziam esquecer as dificuldades da altitude. As motos que facilmente alcançam 200 Km-h , na altitude não passava de 140 km-h, por causa do ar rarefeito que inibia a entrada de ar no sistema de combustão das motos.

Começamos a descer cordilheira e chegamos a Cusco, capital do império Inca, às 15 horas.