SANTIAGO E SEU CAMINHO
Um sonho antigo era exatamente o de proporcionar essa viagem a meu irmão.
Sem lhe dizer exatamente, tinha a intenção de levá-lo comigo à Espanha, terra de nossos pais e antepassados e, o veículo que utilizaríamos para essa viagem telúrico-sentimental seria minha GS 1150 Adventure.
Em suma:
Viajaríamos em uma moto.
Apesar de ter tido pequenas motos em sua juventude, meu irmão, advogado de profissão, não é exatamente o que se pode considerar como um perfil aventureiro.
Com dois anos menos do que eu, é um homem focado em seu trabalho, amigos e família, vivendo em nossa cidade natal Bagé, no sul do Brasil.
Ao informar que tinha planejado para nós uma viagem de moto e que ele viajaria na garupa, sua reação foi, sem surpresa, natural e descontraída.
Vai ser muito interessante, disse ele. Vamos nessa, animou-se.
Como temos pouca diferença de altura, meu equipamento de moto serviu para ele sem dificuldades.
Escolhemos um bom capacete, além de luvas e material de chuva e assim o transformamos, pela primeira vez, em um motociclista de viagem.
O objetivo dessa empreitada, era percorrer o Caminho de Santiago; de Toulouse, no sul da França, à mítica Santiago de Compostela, na Espanha.
Com suas estradas de horizontes sem fim, peregrinos em busca de identidade e o prazer de uma arquitetura eternamente medieval, o Caminho de Santiago de moto seria o lugar onde dois irmãos acabariam por se conhecer melhor, encontrar-se, entender-se e certamente conviver em uma pequena viagem cheia de descobertas e emoções inesquecíveis.
Nossos pais emigraram da Espanha para o Brasil nos anos 50.
Tanto eu, quanto meu irmão, nascemos deste lado do Atlântico e somos atávica e definitivamente, brasileiros e gaúchos.
Entretanto, como não podia deixar de ser, mantemos ainda uma relação especial com a terra e a cultura de nossos ancestrais, um amor transmitido sobretudo por nosso pai, um homem perdidamente apaixonado por seu país, sua cultura e sua gente.
Apesar de já estar chegando aos cinqüenta anos, meu irmão Santiago não tivera ainda a oportunidade de conhecer a extraordinária terra de Cervantes, Goya e Velazquez entre tantos outros e, também a terra daqueles que antes de nós, nos permitiram o uso orgulhoso de nosso sobrenome.
Daí a ingênua porém determinada intenção de levá-lo de moto, pois somente nesse veiculo tão especial, poderia ele assimilar, temperaturas, cores, cheiros e sensações para que a Espanha verdadeira e material se misturasse definitivamente à Espanha de sonho, saudade e herança que ele tinha já depositada dentro de si.
Deixei a casa de meus pais aos 15 anos e, desde então, minha convivência com meu irmão Santiago, assim como com minhas duas irmãs, foi sempre limitada a poucos dias em função de distancias e limites de tempo.
A vinda de Santiago à minha casa e, essa tão sonhada viagem de dois irmãos em moto pela terra de nossos antepassados, teria um sabor coincidente de encontro, descoberta e compartilhamento que em nossas vidas jamais havíamos tido a oportunidade de viver.
Organizar uma viagem de motocicleta, como todos sabemos, não requer muitos preparativos.
Se você pensa que viajar de moto é abastecer a moto, fazer as malas e partir, você está certo.
É isso mesmo. Sem maiores complicações.
Embarcamos com a moto em um trem que nos levaria a Toulouse, de onde iniciaríamos nossa viagem através de nossa querida Espanha.
Para evitar 800 km inúteis, organizei o transporte da moto e o nosso, entre Paris e Toulouse de trem.
Nossa fraterna pequena aventura começou quando descarregamos a GSA em Toulouse, no sudoeste da França e, depois dos ajustes finais no equipamento, na voz de "Vâmo moçada!", deixamos Toulouse em direção aos Pirineus e à Península Ibérica.
Acostumado a ter minha mulher Graça e seus menos de 60 kg na garupa, a primeira grande experiência foi apoiar firmemente a BM para que Santiago embarcasse seus quase 100 kg de alegria, entusiasmo e expectativa.
Fomos nos ajeitando sobre a sela, em uma primeira fase de análise e adaptação.
Eu, medindo o peso e as reações da moto.
Ele, verificando como funcionam as forças centrípedas e centrífugas e procurando encontrar sua melhor posição na sela e para a estrada.
Meu irmão, encantado com o conforto da moto, o prazer do vento e a beleza das paisagens do sudoeste da França e da região pirenaica, refletia em seu olhar a ansiedade e satisfação pela iminente descoberta dessa forma de viagem.
E não é essa a verdadeira definição de uma aventura?Não demorou muito para que, discretamente colocada à saída de um túnel em meio às montanhas, uma placa indicava que entrávamos na Espanha.
Parei a moto imediatamente. Surpreso, Santiago perguntou-me o que acontecia.
Disse a ele que precisávamos registrar sua chegada pela primeira vez à nossa terra de origem:
- Estamos na Espanha, disse eu.
Sua emoção foi imediata. Suas lágrimas de alegria se juntaram às minhas e comemoramos o privilégio de estarmos juntos naquele lugar e naquele momento. Na terra de nossos pais.
Nunca antes em toda a minha vida de cinco décadas tinha me sentido tão próximo de meu irmão.
Após a indefectível foto junto à placa, continuamos serpenteando pelas belas estradas do Alto Aragão no que BMW tem de melhor: sua estabilidade e conforto para chegar a um dos nossos primeiros destinos sentimentais naquele dia, Jaca.
Pequena cidade milenar de montanha e reputada estação de esqui, este lugar é a cidade Natal de nossa mãe.
Infelizmente, já não temos vínculos ou contatos familiares ali, assim, fizemos uma pausa para um almoço em um restaurante na praça principal e continuamos tranquilamente nosso caminho.
A paisagem de montanha foi cedendo lugar às "cuencas" de Navarra, formações geológicas que lembram grandes crateras e que dão ao horizonte uma curiosa forma próxima e circular.
Já bem adaptado à sua posição na garupa da moto, Santiago começava realmente a apreciar a viagem.
Perfumes e sensações, privilégio de motociclistas, não lhe escapavam à atenção. Vibrava com a paisagem e a arquitetura.
Nossa segunda etapa relacionada com nossas raízes, estaria na breve visita que faríamos a uma irmã de nossa mãe em Lumbier, a 50 km de Pamplona, a espetacular capital do Reino de Navarra.
Um dos quatro reinos que constituíram a unificação da Espanha sob os rei Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Navarra (ou será o contrário?) aliados a Leon e Castela, formaram a base do que é o país hoje.
Nossos, tios vivem muito próximos da estrada onde passa o Caminho de Santiago, na sua rota de Aragão. O Caminho, costuma-se dizer, "não se sabe onde começa mas todos sabem onde termina".
Como era de se esperar, fomos recebidos com muito carinho por nossa família.
Almoçamos em uma daquelas intermináveis refeições, tão ao gosto dos espanhóis.
Deixamos nossa família na manhã seguinte, com um comentário divertido,de nossa prima:
"Vocês dois parecem um casal gay encima dessa moto..."
Acho que os dois rimos meio “amarelo”...
De qualquer forma, preconceito nenhum faria com que desistíssemos de nossa empreitada e, do que eu comecei a chamar de...
"
O Caminho DO Santiago".
Após uma breve passagem para conhecer Pamplona e as marcas nas paredes da cidade deixadas pelos chifres dos touros em desabalada correria pelas ruas na animada, perigosa e célebre Festa de San Fermín, continuamos pelo caminho religioso até Puente de La Reina, enclave medieval com sua linda ponte de quase mil anos hoje reservada aos peregrinos a pé, a honra de cruzá--la.
Percebi o desapontamento de minha GSA mas, mesmo assim, tivemos que deixá-la em uma extremidade da ponte para poder percorrer seus arcos e muretas milenares.
O dia se terminaria na elegante cidade de Leon, onde fomos percorrer os bares de vinhos acompanhados de Javier, um grande amigo e profundo conhecedor de sua cidade.
Santiago, meu caro irmão, vivia e saboreava (literalmente) cada momento.
Degustar vinhos da região, como o Ribeira del Duero e o excelente Mencía da região do Bierzo, acompanhados de “cecina”, uma espécie de presunto feito com carne bovina, fizeram a excelente noitada.
Antes de nos retirarmos para o merecido descanso, fomos visitar a catedral de Leon, uma maravilha de arquitetura gótica.
Famosa por seus espetaculares vitrais, a igreja, para lhes dar valor, é iluminada de dentro para fora. Um espetáculo de cores e bom gosto. Imperdível.
Sempre em direção ao oeste, fomos percorrendo lugarejos onde o tempo parece ter parado.
Os sinais com as "vieiras" (conchas) amarelas, e as flechas da mesma cor indicando a direção, além da presença constante dos peregrinos com suas mochilas e cajados, deixavam claro que estávamos na direção certa no Caminho de Santiago.
Você sabia que "romeiro" é quem vai a Roma e quem vai a Santiago é peregrino?
Assim entramos na região do Bierzo, onde se produz, na minha modesta opinião, um dos melhores tintos da Espanha.
Escuro, encorpado, aveludado e com um perfume que nos leva às profundezas das grotas e cavernas onde ele é envelhecido na região.
Em Astorga, um impressionante conjunto de arquitetura medieval, fizemos uma pausa para o almoçoSantiago vinha agüentando bem, apesar de um pouco de dor nos joelhos , o que é comum, quando não se está acostumado a ficar tanto tempo com as pernas dobradas.
Felizmente, expliquei a ele que a GSA permite ao passageiro de esticar as pernas sem que elas toquem o solo.
Nosso almoço foi uma "sopa de alho" típica do Caminho de Santiago.
Na idade media, quando peregrinos totalmente desprovidos despisses se dirigiam ao Santuário, levavam consigo alho e azeite de oliva ( que servia como laxante, desinfetante, protetor solar, anti-séptico, etc).
Cozinhando o alho com o azeite de oliva obtinham uma magra sopa que era premiada eventualmente com um ovo de galinha ou de pato doado por alguma alma caridosa ao longo do Caminho.
Hoje, essa sopa é famosa em muitos restaurantes da Rota de Santiago. Sua receita e segredos é guardada zelosamente por seus proprietários.
Continuamos por pequenas estradas aproveitando a ondulação do terreno para voar graças às nossas duas rodas.
Estávamos nos aproximando da Galicia, terra de nosso pai. Uma região verde e montanhosa onde " chover é uma arte". Na Galícia, se sabe que é verão porque a chuva fica mais quente...
Não somos imunes aos caprichos da natureza e, após passar as montanhas e o mítico vilarejo de "O Cebreiro" e degustar uma porção de seu reputado queijo fresco acompanhado de mel selvagem, fizemos a descida final para Lugo, onde pernoitaríamos naquele dia.
A cada pausa, almoço ou pernoite, os dois irmãos continuavam a estreitar seus laços. Como pode ser que dois irmãos se conheçam tão pouco mesmo tendo-se visto durante todas suas vidas?
Em um aspecto, entretanto, não houve conciliação, entretanto.
Desde a primeira noite, em que tentamos dividir o quarto de hotel, percebemos que temos algo em comum: ambos roncamos mais do que uma Harley desesperada em subida de serra.
Assim, democraticamente, passamos a ficar em quartos separados para assegurar nosso bem estar pela manhã e uma harmonia durante a jornada.
A saída de Lugo em uma linda manhã de sol prenunciava o dia que seria a terceira grande emoção de meu querido irmão, a chegada a Santiago de Compostela e a visita ao túmulo daquele em homenagem ao qual meu irmão tinha sido batizado.
Santiago visitou demoradamente seu "Xará".
Como manda a tradição subiu por detrás do altar e abraçou seu ilustre “tocaio” como quem abraça um familiar que acaba de regressar da guerra.
Foram momentos de grande intensidade emocional que presenciei com o devido cuidado de dar a meu irmão a propriedade e a privacidade daqueles instantes, sabedor de que eles ficariam em suas memórias provavelmente pelo resto de sua vida.
De Santiago de Compostela, acompanhado de perto por dois "Santiagos" , um na garupa e o outro no coração, fomos aproximando nossa GSA de La Coruña, cidade Natal de nosso pai que deixou a Espanha em 1953 com destino ao Brasil.
Sua família, originária de uma pequena aldeia de pescadores do outro lado da “ria” de La Coruña, ainda mantém uma casa deixada por meus avós após sua morte.
Infelizmente, a expressão "mantém" não é exatamente a definição que se aplica ao estado dessa bela casa em frente ao mar..
Em Mera, como se chama esse vilarejo, antes de pescadores, hoje urbanizado com exagero e com grande afluência de turistas, ainda vive um de nossos tios, irmão de nosso pai.
Este último nos recebeu com atenção e carinho familiar e nos sugeriu que visitássemos a casa de nossos avós, fechada desde a morte dos mesmos, há vários anos.
Santiago entrou em uma casa mobiliada, com aparência fantasma, com mofo e poeira em todas as dependências e, que, apesar de seu ar de abandono, guardava ainda enfeites, fotos e presentes enviados por nossos pais ao longo de muitos anos desde o Brasil.
Retratos nossos e de nossas irmãs em várias fases de nossas infâncias e adolescências morriam ali, dentro daquela casa estranhamente familiar que perdeu seus donos e que se recusava a render sua alma.
A emoção foi muito grande.
Desta vez, uma grande e profunda tristeza invadiu nossos corações.
Éramos indistintamente parte da alma e da história daquelas paredes sem que tivéssemos mesmo estado ali anteriormente.
Deixamos esse lugar de memórias com sentimentos confusos.
Pena, saudade, carinho, orgulho e frustração saíram misturados pelo umbral daquela linda porta de cor laranja.
Basta de memórias, decretamos!
Vamos conhecer a região de moto, pois é para isso que viemos.
A costa da Galícia é composta de pequenos fiordes, aqui chamados de Rias. São entradas de mar, que podem ter de 3 a 10 km e que servem de portos naturais. Isso, associado à riqueza da fauna marinha nesta parte do Atlântico e a dureza de sua terra, fizeram da Galícia um país de pescadores e um paraíso para quem gosta de peixes e mariscos.
Para acompanhar, uma garrafa do excelente Alvarinho, produzido na região. O melhor vinho branco de toda a Espanha.
Assim, deixamos de conversar com os mortos, abandonamos a casa dos espíritos e nos dedicamos a celebrar a vida, o prazer de estarmos juntos em um lugar tão significativo para ambos.
Naquele momento, embalados pela emoção e seguramente pela segunda garrafa de Alvarinho, decidimos continuar rodando o litoral dramático e selvagem da Galícia rumo ao norte e assim, percorrer a "Cornisa Cantábrica", a costa norte da Espanha, no Mar Cantábrico, até a França.
Sem maiores dificuldades e com a disponibilidade de nossa fiel GSA, carregamos a bagagem, despedimo-nos de familiares vivos e também dos mortos e continuamos o caminho do Santiago.
A costa norte deste país é um convite à gastronomia marinha.
Polvo, centola, langostinos, lulas, sardinhas e mariscos de todo tipo, são uma rotina gastronômica do lugar.
Vamos passando da Galícia para O Principado de Astúrias e os mariscos vão cedendo lugar aos peixes nobres.
Iguarias como as anchovas cantábricas, curadas no sal e no azeite de oliva, acompanhadas de Sidra de maçã, fazem tremer almas mais sensíveis, como a minha.
A sidra Asturiana é um capítulo à parte.
Fermentado de maçã, fruta abundante na região, a sidra é bebida em bares especializados onde o " barmam", verdadeiro acróbata, serve o seu copo segurando a garrafa com uma mão no alto e com a outra, o copo no mais baixo possível.
Sem olhar para o copo ou para a garrafa, com a precisão de um bombeiro de Nova York, manda o jato do liquido espumante, diretamente no interior do cálice que espera embaixo.
Santiago vibrou! Eu vibrei e, em seguida, detonamos umas duas dessas garrafas, não sem antes fazer o maior estrago no piso do bar na intenção de imitar a acrobacia do barman.
Visitamos tranquilamente Gijón, uma das mais bonitas e elegantes cidades das Astúrias.
Dalí, seguimos para Santillana del Mar, belíssimo vilarejo medieval, próximo à Caverna de Altamira onde se encontram as mais famosas pinturas eqüestres da pré-história, infelizmente, recentemente fechadas ao público.
Apesar de seu sugestivo nome, Santillana del Mar, é conhecida, com bom humor pelos espanhós, como a cidade das três mentiras:
Eles dizem:
“No es santa.
No es llana.
Y no tiene mar.”
Construída em uma região montanhosa, fica a uns 20 km do mar, efetivamente....
Nosso próximo destino, nesta interessante cruzada sentimental e cultural, seria Santander, a delicada e elegante capital do Cantábrico onde também a chuva é uma constante.
Mas antes de nos deliciarmos com uma bela chuva de boas vindas nas ruas de Santander, decidimos fazer um tour pelo maciço montanhoso dos Picos de Europa, encravado entre Astúrias, Leon e Cantábria.
Esse conjunto de altas montanhas foi chamado assim pelos navegadores espanhós que, chegando das Américas, de longe avistavam esse formação como um primeiro sinal de que se aproximavam da Europa.
Paraíso de motociclistas, recomendo fortemente passar dois ou três dias percorrendo suas estradas e caminhos. É obrigatório, uma vez aqui, provar a extraordinária "favada asturiana", o equivalente à nossa feijoada, porém com feijão branco.
Descendo a estradinha em caracol pelos Picos de Europa, não prestei atenção a um Camping Car que subia a uma velocidade fora do razoável e o nosso quase-acidente foi dramático.
Santiago sentiu o pára-lama do furgão lhe roçar a perna. Jogou seu peso instintivamente para o outro lado de forma inesperada e quase fomos ao chão.
Injustamente tomou uma bronca minha. Sem merecimento, pois o susto e a surpresa foram grandes.
Em Santander, para deixarmos de ser “linguarudos”, fazia um dia de sol espetacular e pudemos curtir, sem a moto, tudo de bom que oferece essa linda cidade.
No dia seguinte, sabíamos que nossa viagem estava chegando ao fimMeu parceiro, garupa, irmão e novo amigo, tomaria um ônibus em Bilbao para ir alguns dias em Madrid.
Eu, continuaria ainda nesse dia, em solo, por mais 1200 km até minha casa na França com uma nova, estranha e prazerosa sensação de dever cumprido.
Quando digo "dever", me refiro à obrigação que temos todos nós de procurar conhecer em maior profundidade nossos irmãos, amigos e nossos próximos.
O dever de aceitar suas formas de pensar, de saber quais são suas debilidades, seus talentos e suas forças.
Isso, como uma espécie de simbiose, nos fará mais fortes porque nos tornará mais tolerantes e sensíveis.
Um amigo, Otavio, grande motociclista e homem prático, escreveu:
"
Conhecer minhas fraquezas me fez mais forte".
Obrigado meu querido Santiago por essa oportunidade e privilégio.
Ah, e que fique claro: aqui dirijo-me a meu irmão, não ao Santo.
Ricardo Lugrís