Introdrução
27.02.2011
O casal Beth e Klein, entrando nos sessenta anos de idade que há dez anos descobriu o motociclismo turístico e o transformou num hobby muito apreciado e aproveitado.
De motocicleta visitaram lugares e encontraram pessoas que proporcionaram novas experiências e deixaram lindas lembranças.
Ao longo desses anos viagens, com destaque especial para as três que cobriram Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e pequena parte da Bolívia.
Agora partem para uma aventura um pouco mais ousada: 'varrer' o continente americano.
“Se conseguirmos fazer isso e se a viagem trouxer tudo que esperamos dela, queremos prosseguir fazendo o mesmo em outros continentes. Vamos ver o que acontece”...
E a motivação principal para essa forma de viagem pouco tem de sede de desafios, necessidade de superação ou coisa parecida (apesar de que sem dúvida haverá um gostinho disso tudo se conseguirmos): aliada à ânsia de conhecer novos lugares e interagir com pessoas, a decisão é de caráter puramente econômico. No Brasil estamos muito longe de grande parte dos lugares interessantes do mundo e do próprio Brasil, e só para chegar lá já se gasta muito dinheiro com passagens aéreas. Como dispomos do tempo e temos a disposição, a forma que encontramos de ver tudo que gostaríamos (ou pelo menos tanto quanto possível) com um orçamento limitado foi essa.
A motocicletaO primeiro passo foi a troca da moto. Uma BMW R 1200 GS Adventure, que nos levará pelas dezenas de milhares de quilômetros que pretendemos percorrer.
Do sonho ao planoJá sonhávamos fazer uma viagem assim há muitos anos, a motocicleta passou a fazer parte desse sonho há aproximadamente três anos. E desde o início de 2010 o sonho começou a se transformar num plano concreto. O passo seguinte foi a discussão de equipamento
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Recebendo os BMWRiders |
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A muvuca |
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Parte das motos dos BMWRiders |
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Antes de nos paramentarmos |
A motoAndamos com motos BMW modelo GS desde 2004, e a decisão de prosseguir com esse modelo foi quase automática. Decidimos apenas partir para uma R 1200 GS Adventure (GSA), por algumas razões: o tanque de 33 litros é muito valioso em algumas regiões ao longo de toda a viagem, não só pela autonomia em si mas pela possibilidade de selecionar postos de gasolina para abastecimento. Além disso é uma moto mais robusta em diversos sentidos: rodas raiadas, suspensão reforçada e uma série de outros pequenos detalhes. Claro que essa robustez, além do custo financeiro, representa 40 quilos a mais no peso.
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Prontos, com dois dos três filhos queridos |
Em agosto/2010 compramos uma moto 2008, com pouco mais de 30.000 km rodados. A opção por uma moto usada foi de caráter econômico e utilitário: no Brasil, motos BMW usadas perdem valor de forma brutal quando têm quilometragem alta, e pretendemos rodar pelo menos de 70.000 quilômetros, talvez cheguemos aos 100.000.
Comprar uma moto nova seria certamente perder muito mais dinheiro do que já vamos perder com essa. Além disso, algumas motos BMW (GS) nos últimos anos têm apresentado alguns problemas, que normalmente ocorrem nos primeiros 10.000 km.
Essa moto já passou por essa fase e em tese deve estar 'estável'. Mesmo assim fizemos uma garantia estendida por um ano, para prevenir algum possível problema. Esperamos que quando iniciarmos a viagem ela não nos decepcione.
Equipando a motoGastamos um bocado de tempo analisando as opções disponíveis, principalmente as malas e espaço em geral: conseguir guardar adequadamente o que queremos levar e ao mesmo tempo ter algo suficientemente leve para não se tornar um fardo depois de três semanas é um dos aspectos críticos dessa viagem.
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Muito bem, então vamos! |
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A parte mais importante também monta |
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E o comboio dirige-se para a estrada |
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Nós, vistos... |
A opção ficou com top case Zega e malas laterais Zega PRO da Touratech: as bolsas internas das malas laterais são excepcionais na forma de abertura e aproveitamento do espaço das malas, e o top case tem capacidade para 50 litros numa caixa retangular: uma forma que permite aproveitamento total do espaço. Além disso as malas laterais oferecem a opção de tamanhos diferentes de cada lado da moto, de modo a reduzir o efeito 'alargador' do escapamento do lado esquerdo: a mala esquerda é cinco centímetros mais estreita que a direita. Essa linha de malas também oferece uma série de pequenos acessórios bastante úteis, dos quais compramos alguns.
Outro equipamento que consideramos importantes foram bancos mais confortáveis - também da Touratech (Na realidade Kahedo comercializados com a marca Touratech). O banco da garupa é significativamente superior ao original (que não é lá dos melhores) e para mim procurei um banco ligeiramente mais baixo que o original, pois apesar de ser alto (1,90 m) minhas pernas são curtas, e uma GSA com a suspensão regulada numa posição mais alta não me proporciona apoio suficientemente seguro para manobrar ou estabilizá-la em terreno irregular.
Equipamentos pessoais de segurançaNão compramos praticamente nada novo para a viagem, só nova roupa de chuva. Provavelmente compraremos (reposição) alguma coisa nos EUA ou no Canadá, mas o estado de conservação e a idade do que temos no momento são adequados para começar a viagem e durarão pelo menos um bom tempo.
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...de todos... |
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...os ângulos |
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Parada para a despedida final |
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E agora somos só nós dois |
Obtenção de vistosObviamente tivemos que providenciar os vistos necessários para viajar para todos esses países. Desistimos de solicitar os vistos para as colônias ou agregados franceses (Guiana, Guadelupe, St. Marten e alguma outra que não lembro agora) pois dariam muito trabalho e um retorno relativamente baixo. Para Grenada também não creio que façamos visto - tem que ser feito em Caracas! Então nos concentramos nos EUA e Canadá.
SPOTUm dos equipamentos que optamos por levar é o SPOT Sattelite Personal Tracker, que oferece dois recursos importantes para nós: possibilidade de solicitar socorro e resgate em situações de perigo e também a criação de um mapa mostrando nosso progresso ao longo a viagem.
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Como disse o Marcelo Dourado: "Será uma benção?" |
O processo de criação desse mapa é subproduto do recurso de notificação, para contatos registrados em nosso perfil, de que estamos bem.
Viagem de testeRodamos quase 2.000 km com a bagagem que será usada na viagem, para avaliar espaço, equipamento e a moto. Correu tudo bem, e os pequenos ajustes que teremos que fazer são realmente pouca coisa.
Plano de roteiroFizemos ou melhor, estamos fazendo uma previsão de roteiro, que até queríamos ter publicado aqui, mas ele muda com tanta frequencia que desistimos. Vamos publicar apenas a viagem real.