Destino Alasca

Quinta-feira: Manaus

07.04.2011

Bem, a chegada a Manaus acabou sendo também uma pequena aventura: quando o navio atracou tanto o pessoal de bordo como os carregadores do cais nos disseram que seria possível abrir um caminho ao lado dos tomates e tirar a moto.

Na ânsia de sair daquele navio pedimos que fosse feito o necessário, colocamos as malas na moto, vestimos nosso 'uniforme' e nos preparamos para o desembarque. Nesse processo consegui fazer mais uma besteira: num determinado momento deixei meu celular sobre a moto. Um minuto de desatenção foi o suficiente para que ele desaparecesse. Não dá para descrever a raiva por cometer esse erro básico, principalmente estando perfeitamente informado sobre a bandidagem que é o ambiente desse porto. Aliás, a coisa é tão feia que quando fui reclamar com o gerente do navio ele apontou para a tripulação: estavam todos agrupados do outro lado do navio, atrás da carga, e ele disse: "olhe onde está meu pessoal, eles ficam bem longe para não deixar nenhuma dúvida sobre a participação deles".

Bem, o mal estava feito, e prosseguimos com o desembarque. Primeira surpresa: o convés de carga estava quase um metro abaixo do nível do pier, e a moto não subiu por uma rampa de tábuas como eu esperava: ela foi içada 'no braço' por uns cinco ou seis estivadores. Foi impressionante e assustador ver aquela jamanta de quase 300 kg sendo levantada e colocada lá em cima!

A segunda surpresa foi que quando começamos a nos preparar para partir fomos cercados pelos estivadores solicitando seu pagamento (a conversa não era gorjeta não, era de pagamento mesmo) pelo serviço prestado. Peguei R$ 40,00 que eu já havia separado para esse momento, mas antes de conseguir estender a mão para entregar o dinheiro ao líder dos caras, ele exigiu R$ 200,00 de 'honorários'. Dissemos que não tínhamos, insistimos que o que eu só tinha aquilo. Eu pedi que a Beth achasse mais R$ 20,00 na bolsa dela, e mantivemos nossa posição de que aqueles R$ 60,00 eram tudo que tínhamos. No fim conseguimos nos livrar com esse valor. Que máfia!

Bem, finalmente a moto era 'nossa' outra vez, e saímos do porto (não sem antes pagar mais R$ 20,00 de taxa de desembarque para o próprio porto - essa devidamente reconhecida com recibo) à procura do hotel que eu havia reservado do navio. Que dia!!!

 
 
 
Bookmark e Compartilhe
 

Comente

Nome
E-mail
Comentário
Escreva a chave:
IRPE
 abaixo