Quinta-feira: Boa Vista
14.04.2011
O dia começou com o Cezar nos ajudando a obter um documento para facilitar a entrada na Venezuela: nesse país é necessário ter uma Licença de Trânsito para o veículo, e por um acordo diplomático o Estado de Roraima pode emitir esse documento.
Esse documento também pode ser feito em Paracaíma, mas Boa Vista é conveniente porque quase certamente vai se pernoitar lá mesmo. Basta ir ao Detran e obter a Licença de Trânsito na Venezuela.
Textos na Internet indicam a necessidade de um nada-consta do Detran para o veículo: essa licença é tudo que é necessário. Aliás, ela é bem estranha: apesar de ser um documento para uso em território venezuelano, está todo em português - nem uma palavrinha em castelhano. E, além disso, declara que o veículo está registrado no Departamento de Trânsito do Estado de Roraima! Como???? Bem, mas funciona.
Ah, mas não é tão simples. Depois de obter esse documento é necessário reconhecer a firma do signatário do mesmo. Mais uma vez contamos com a ajuda do Cezar: ele simplesmente ficou com o documento, providenciou o reconhecimento da firma e um par de cópias autenticadas e nos levou tudo no hotel. Dá até vergonha usar esse pessoal desse jeito!
Por falar em cópias, quem vai fazer essa viagem trate de levar, de casa ou de Boa Vista, cópias de todos os documentos (veículo, passaportes, habilitação e a própria Licença de Trânsito) porque se não as tiver vai ter que se enfiar pelas ruazinhas de Paracaíma para fazê-las: não existe esse serviço na fronteira.
Depois disso voltamos para o hotel e resolvemos o outro problema: a questão do chip do celular. Estávamos sob certa tensão, pois até antes de sairmos com o Cezar para o Detran, a única informação que a página de rastreamento dos correios mostrava é que a encomenda estava em trânsito para Rio Branco/AC. Não fazemos a menor idéia do por que desse caminho estranho, mas assim foi.
Ao voltar do Detran a coisa estava melhor: a encomenda estava em Boa Vista, e saíra para ser entregue. Ligamos para o Francisco (segundo ele mesmo conhecido como Chico da Anatel) e pouco depois ele retornou informando que a encomenda chegara. E, claro, passou no hotel para entregar o Sedex. Estamos ficando preguiçosos com todas essas facilidades.
Passamos o resto do dia trabalhando na atualização do álbum de fotos do site, e à noite saímos com Possebon, esposa e Cezar para jantar e curtir mais algumas horas juntos.
Nos despedimos, mais uma vez cheios de gratidão pela ajuda recebida dos dois.