Quinta-feira: Danlí - Copán Ruinas
02.06.2011
Diário de Bordo: HondurasEsse dia seria inteiramente dedicado à viagem. Inclusive saímos de Danlí com sérias dúvidas sobre conseguir chegar a Copán: são quase 500 km., e essa distância não é fácil de cobrir com as médias de velocidade que se faz normalmente por aqui - e com nossos folgados horários de partida... (rsrsrs).
O trecho Danlí - Tegucigalpa foi muito animador, apesar das muitas curvas que reduziam um pouco a tocada. Aliás, desde que entramos na Costa Rica estamos dando uma boa arredondada nos pneus que já estavam ficando quadrados das estradas com poucas curvas que pegamos até ali. Tem dado para dar umas belas 'deitadas' por essas serras centro-americanas.
Quando passamos Tegucigalpa e tomamos a estrada para Comayagua essa animação se desvaneceu completamente: estrada em serra e totalmente em obras, com muitos desvios em terra/cascalho e a velocidade média caiu de 63 para 53 km/h. Paramos em Siguatepeque para descansar um pouco e conversando com um motorista decidimos arriscar uma alteração de plano: havia duas opções de estrada, a principal, na direção de San Pedro Sula, que é mais reta e melhor mas que tem grande movimento e uma menor por Santa Bárbara.
Optamos por Santa Bárbara e acreditamos ter nos dado bem: estrada cheia de curvas mas bem pavimentada e praticamente vazia. Esse trecho rendeu muito bem, e quando paramos para comer alguma coisa vimos que não havia mais opção: não fazia sentido parar ali, mesmo correndo o risco de chegar ao Copán Ruínas ao cair da noite. Foi praticamente isso que aconteceu, porque os últimos setenta quilômetros foram bem lentos.
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Uma impressão de pobreza |
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Para todo lado montanhas |
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Muito artesanato bonito à venda |
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Segurança de posto e seu canhão |
Chegando a Copán Ruinas (esse é realmente o nome formal da cidade, apesar de ser normalmente chamada de Copán) fomos arrastados a um hotelzinho por um agenciador de rua, e acabamos ficando lá: ultra-simples, mas tinha Internet e custava US$ 16! Irresistível.
Saímos para jantar, e fomos surpreendidos por uma cidadezinha super simpática, cheia de restaurantes e pousadas (e alguns excelentes hotéis também). As ruas são todas naquela pedra arredondada (tipo Paraty mas não tão grandes) ruins para andar de moto, a pé ou de que jeito for. O impressionante é como os interessantes taxis da região trafegam numa boa por elas.
Quando iámos em procura de um restaurante vimos gente com lanternas na mão, e ficamos especulando a razão disso. Bem, falta de luz não aconteceu, mas alguns trechos de rua são realmente tão escuros que uma lanterna pode ser útil.
Acabamos atraídos por um restaurante que tocava música brasileira - local agradável e criativo no cardápio, mas a música brasileira era puro acaso: eles tinham uma pacote de músicas brasileiras e por alguma razão resolveram tocar naquela noite.