Quarta-Feira: Palenque - San Cristobal de las Casas
15.06.2011
Até sentarmos para o café da manhã ainda não havíamos decidido se visitaríamos o sítio arqueológico. Afinal já estivéramos em Copán e Tikal, e era tudo maia. Felizmente optamos por dar uma passada rápida (fomos de moto) por lá: é um sítio diferente dos outros dois, e vale a pena ser visitado.
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Palácio |
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Templo |
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Detalhe do palácio |
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Templo |
Primeiramente ele é muito mais compacto: as edificações são muito próximas umas das outras. Além disso é bem escavado e estruturado, permitindo uma visita mais rápida. Nós nem subimos em nenhuma pirâmide, só rodamos os caminhos apreciando as construções, e em menos que duas horas havíamos visto praticamente tudo - só não fomos a uns dois pontos que ficam um pouco fora do núcleo.
Uma outra coisa diferencia esse sítio dos outros, e não é para melhor: é permitido a vendedores ambulantes de artesanato se instalar dentro do sítio. Por todo lado que se anda estão esses vendedores, não só poluindo visualmente o sítio, mas também assediando constantemente os turistas.
Voltamos para o hotel, nos vestimos e partimos para a jornada do dia. Ao decidirmos visitar o sítio arqueológico nosso raciocínio foi: fazemos isso de manhã e teremos a tarde toda para rodar tranquilamente os 220 quilômetros até San Cristobal. Ainda bem que terminamos a visita do sítio rapidamente e saímos um pouco antes do previsto!
Logo de cara a estrada começou muito travada, estreita, cheia de curvas e com carretas trucadas muito difíceis de ultrapassar. Começamos a refazer nossos cálculos, e concluímos que
precisaríamos da tarde toda para esse trecho. Mesmo assim resolvemos parar em Agua Azul, que aparecia em muitos lugares como uma atração muito bonita, e era mesmo hora de dar uma parada para descansar. O que esses sites mostram é uma cascata e poço com água cristalina, azul cobalto.
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Palácio |
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Para que servem as pedras lá em cima? |
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Templo |
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Templo |
Bem, a cascata é realmente muito bonita, mas se você for lá por causa da água azul informe-se antes: se tiver chovido a jusante da cascata nos três últimos dias a água será verde e turva. Continua bonita, mas não é o que se vê quando se pesquisa sobre esse lugar. E essa 'frustração' é agravada pelo fato de cobrarem M$ 35,00 por pessoa para entrar na área da cascata. Enfim, um bonito lugar para visitar desde que se esteja preparado.
Voltamos para a estrada e continuamos a luta com os caminhões, vans de passageiros e lombadas (aqui não são mais túmulos, são topes). Algumas dessas lombadas eram simplesmente inacreditáveis, duas vezes o cavalete da moto bateu numa. Ah, e para complicar mais, gente: há casinhas ao longo de toda a estrada, e a única forma das pessoas se locomoverem a pé é andando pela beira da própria estrada que, claro, não tem acostamento.
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Artesanato à beira da estrada |
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Agua Azul |
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Agua Azul |
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Eles só têm esse lugar para caminhar |
Um comentário sobre o comportamento dos motoristas em toda a América Latina que visitamos até agora: eles têm muita fé! Não sabemos se é em Deus ou nos outros motoristas (provavelmente as duas coisas), mas as ultrapassagens que eles fazem em topos de lombadas e curvas totalmente cegas são absolutamente inacreditáveis. Claro que às vezes vem um veículo em sentido contrário, e essa é a parte mais incrível da coisa: de algum jeito todo mundo se arruma e a ultrapassagem é completada sem um acidente.
Chegamos a San Cristobal de las Casas totalmente esgotados, depois de quase seis horas de estrada para andar os tais 220 quilômetros. E ainda enfrentamos algo que constatamos ser relativamente comum em hotéis de nível médio para baixo aqui no México: só aceitar pagamento em dinheiro. Não andem por aqui só com cartão, não vai dar certo!