Destino Alasca

Sábado: San Diego - Buttonwillow

02.07.2011

 
Muitos motéis americanos oferecem café da manhã incluído na diária, mas em praticamente todos, o que se tem para comer são basicamente pães e outros modalidades de doces, acompanhados por cereal também com alto teor de açúcar... Enfim, uma dieta de engorda para ninguém botar defeito. Vamos ter que nos policiar muito neste país...

Nesse dia fomos, antes de mais nada, trocar o pneu traseiro da moto. Por um erro grosseiro de cálculo eu não troquei o pneu na cidade do México, e depois disso só em San Diego mesmo. O problema é que ao chegar em San Diego o coitado do pneu estava com 23.000 quilômetros rodados! O metal já estava aparecendo em alguns pontos! Temos certeza que o DT, namorado da Karen, vai ficar muito orgulhoso de nós...

Moto da polícia californiana  












Trocamos o pneu na autorizada BMW de San Diego, que felizmente tinha Metzeler Tourance (o mesmo que arrasamos e de que gostamos) e lá fomos nós de novo para a fronteira. Quando se sai dos EUA acontece o inverso do dia anterior: absolutamente nenhum controle norte-americano, só a entrada no México. Agora, imaginem nossa dificuldade de explicar para o pessoal da aduana mexicana que nós estávamos ali para sair do país e não para entrar! Finalmente encontramos uma oficial que entendeu nossa explicação e indicou o que devíamos fazer. Começamos pela imigração, onde registramos nossa saída do país e, claro, tivemos que pagar os M$ 262,00 por pessoa que haviam sido mencionados na entrada. E foi bom que ali mesmo ao lado da imigração havia uma casa de câmbio onde pudemos nos livrar de pesos mexicanos que compráramos em excesso.

Agora faltava só a saída da moto. Isso não é feito ali na aduana de entrada: tivemos que entrar novamente em Tijuana e seguir até um lugar específico para isso. O procedimento em si foi tranquilo, e o responsável disse que daqui a dois ou três dias o dinheiro estará creditado no cartão de crédito. A ver...

Concessionária movimentada  
Entrando no México para sair  
E de novo na fila de entrada dos EUA  
Onde fizemos nosso primeiro almoço nos EUA  












Só que agora estávamos novamente no México e tínhamos que enfrentar novamente a fila e o tal 'pedágio'. A fila foi toureada de forma análoga ao dia anterior, mas dessa vez estávamos chegando de outro lado e precisamos que novamente alguém nos indicasse por onde passar para avançar sem esperar na fila. Finalmente chegamos à guarita... e o motorista do carro que nos deixou entrar na sua frente deve estar se jurando nunca mais deixar uma moto entrar na sua frente: o oficial resolveu pedir que abríssemos as duas malas e o topcase para inspeção!

Mas também isso foi resolvido e fomos liberados sem ter que passar pela mais detalhada. Finalmente estávamos definitivamente, oficialmente e qualquer outro 'mente' que se possa imaginar nos EUA e também tendo saído formalmente do México.

Havíamos decidido que essa maratona que iniciamos na cidade do México só terminaria em San Rafael, perto de San Francisco - afinal a Califórnia já é conhecida e pretendemos passar novamente por aqui na volta, então o turismo nessa região pode esperar um pouco. Da aduana pegamos a estrada (a Interstate 5 - I5 - que sai da aduana é a estrada rápida para o norte desse lado do país) e nos mandamos.

Aaaaarrgh!  
Atravessando Los Angeles  
Nosso destino original era Bakersfield  
Piso fresado a 41 graus - ninguém merece!  













Viajar nos EUA chega a ser perigoso pela monótona previsibilidade: estradas boas (com alguns defeitos mas boas), motoristas que raramente fazem loucuras, todos andando na mesma velocidade, enfim a gente acaba se desconcentrando e olhando mais para os lados que para a estrada.

A jornada começou confortável, com temperaturas amenas, mas mais para o meio da tarde, já ao norte de Los Angeles, começamos a subir pelas montanhas, e da mesma forma que em Baja California, lá pelas tantas estávamos com 40 graus de temperatura.

E foi com essa temperatura que paramos na beira da estrada, perto de Buttonwillow, para dormir - extremamente cansados, não só do dia longo e cheio de tensão como pela calor. Essa parada ilustra uma das coisas muito boas dos EUA: nas grandes estradas expressas (Interstates), há muitos motéis à beira da estrada, normalmente acompanhados de postos de gasolina e alguns restaurantes (muito fast-food, mas alguma coisa se salva). Então é muito fácil solucionar a questão do pernoite: é só procurar na sinalização da estrada, que indica em qual saída há hospedagem, comida ou combustível, muitas vezes indicando inclusive a marca dos motéis, hotéis, restaurantes e postos de gasolina existentes ali.

Puxa, quase esquecíamos de contar o que almoçamos: McDonald's! Que vexame!!! Somos grandes inimigos dessas 'hamburguerias' americanas, e logo na segunda refeição no país fomos cair numa delas. Ainda não havíamos nos acostumado com as opções oferecidas à beira da estrada, e lá pelas tantas a sede e a fome eram tantas que paramos no primeiro lugar que sabíamos ter comida, e infelizmente era um desses.
 
 
 
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