Destino Alasca

Segunda a sexta-feira: San Rafael / San Francisco

04-08.07.2011

 
Essa parada teve diversas carcaterísticas únicas até esse momento da viagem. Ela serviu para descansarmos um pouco da correria dos dez dias anteriores, mas também para uma série de atividades de caráter 'tecnológico': no dia 05 fomos para San Francisco fazer a revisão dos 60.000 km da moto. Além disso compramos um netbook para a Beth (estávamos competindo demais pelo que trouxemos do Brasil e com dois ela agora me ajuda muito no processamento do site), um telefone para substituir o roubado em Manaus e um GPS.

O problema é que todas essas geringonças exigem aprendizado, instalação e configuração, e isso consome tempo!

A Golden Gate vive envolta em neblina  
Casa antiga à beira da baía  
Sonoma decorada para o 4 de julho  
Vinícola Jacuzzi  












Mas antes de chegar a isso passeamos bastante no dia 04 (Independence Day) visitando a região vinícola ao norte de San Francisco, almoçando na cidade de Sonoma. Uma graça de cidade, com um centro antigo muito bonito e charmoso. É muito bonito ver como o americano ainda curte feriados desse tipo num estilo extremamente simples, gostoso e muito familiar e comunitário: de manhã houve o desfile (parade) de carros alegóricos, escolas e veteranos que marcam essa data e depois o pessoal se espalhou pelo parque da cidade para fazer piquenique (muitos com churrasqueira e tudo) ou comendo o que era oferecido por barraquinhas espalhadas pelo parque.

À noite fomos ver a queima de fogos de artifício na casa de uma brasileira radicada em San Rafael - a pirotecnia foi bonita sem nada de especial, afinal estávamos numa cidade relativamente pequena - mas a volta para casa estragou a noite: estávamos no carro da Célia, essa amiga que visitamos, e ficamos uma hora ou mais sentados no carro dentro do condomínio, sem sair do lugar: tudo graças ao total de carros querendo sair da área e de uma decisão maluca dos policiais de trânsito, que simplesmente seguraram a saída do condomínio até que todos os demais estacionamentos no caminho estivessem vazios. Chegamos ao motel prá lá da 1h00 da manhã!

O dia 05 foi dedicado à revisão dos 60.000 km da moto. Atendimento cortês e interessado na BWM San Francisco. Acabamos optando por trocar também o pneu dianteiro - ele já estava com 24.000 km - certamente aguentaria mais uns quatro a cinco mil, mas decidimos trocar para não ter que parar novamente só por causa dele.

clique na foto para ampliá-la
Algum ituano andou por aqui?  
Fogos de artifício pelo Independence Day  
Chegando à Golden Gate, neblina...  
Estacionamento para motocicletas  













Também trocamos as velas antes da hora: no Brasil havíamos instalado velas ligeiramente diferentes das originais para economizar um pouco, mas aqui a tentação foi irresistível: as quatro velas originais custaram menos que uma no Brasil. Dá raiva ver essas coisas...

Esse dia foi enriquecido por um encontro pelo qual esperávamos ansiosos: a Ela e o Marcos Weiss nos encontraram na concessionária e pudemos conversar um pouco e almoçar juntos. Marcos foi colega de classe do Christian, nosso filho mais novo, e, como sua mãe, vive atualmente na Califórnia. Desde que começamos a planejar essa viagem contávamos com a possibilidade de, depois de tantos anos, revê-los, e felizmente isso deu certo.

Completada a revisão fomos comprar o GPS. Pois é, nos rendemos! Até chegar aos EUA sobrevivemos perfeitamente sem um, mas aqui a coisa complicou:

- Não há gente em cada esquina para se perguntar o caminho. Aliás nunca há gente nas esquinas!
- Pegar uma saída errada numa dessas auto-estradas americanas pode significar dezenas de quilômetros rodados antes de conseguir corrigir o erro.
- Os mapas que vêm carregados no aparelho são tão completos que realmente valem a pena. Hotéis, postos de gasolina, lojas, serviços públicos e atrações turísticas num nível de detalhe impressionante justificam o investimento.

O dia acabou com uma má notícia: recebemos um email da concessionária informando que haviam cometido um erro e colocado óleo mineral ao invés de sintético na moto. Pronto, mais meio dia perdido com isso...

Muir Woods Park  
Vista da San Pablo Bay  
Novamente chegando à Golden Gate... com neblina!  
A famosa prisão de Alcatraz  














O dia 06 foi dedicado a turismo e tecnologia... Primeiro gastamos um bom tempo entrando em sintonia com nossas novas aquisições: esse é o problema com essas geringonças eletrônicas, não basta comprá-las, é necessário configurar, customizar e, no caso do GPS, instalar! Esse processo se tornou ainda um pouco mais trabalhoso porque compramos um MacBook e um IPhone, portanto havia tecnologias a que não estávamos acostumados para assimilar.

À tarde, para não ficar o dia inteiro enfurnados em casa, fomos passear pela redondeza, particularmente no parque Muir Woods, um dos santuários de preservação das sequoias.

No dia 07 voltamos a San Francisco para solucionar a questão da troca de óleo da moto. Esse contratempo acabou não sendo um problema tão grande assim, porque nós precisávamos de ajuda para instalar a fiação de alimentação do GPS: temos tomadas tipo acendedor de cigarros e a outra pequena, da BMW, no painel da moto, mas o suporte do Zumo para moto já vem com fiação específica para ser ligada na bateria da moto, e não estávamos a fim de ficar fazendo modificações nisso. Então aproveitamos a visita à concessionária para pedir a instalação desse cabo - pagando hora de serviço padrão BMW...

No fim o dia foi quase inteiramente consumido nisso, só restando um tempinho para, na volta, passear um pouco ao longo do Embarcadero, Presídio e Golden Gate. Não curtimos nada de San Francisco, mas não há grande frustração porque é uma cidade que já conhecemos de outras visitas. Gostamos demais dela, e sentimos não ter mais um vez passeado mais por ela, mas é uma perda relativa.

Finalmente, no dia 08 deu o desespero: o site havia parado na cidade do México, e nada de conseguirmos avançar na atualização. Passamos o dia inteiro enfurnados no apartamento da Célia mexendo com isso, e conseguimos produzir uma boa atualização. Foi um dia chato e cansativo, mas não fazer isso também teria nos deixado chateados - contar essas histórias tornou-se parte da viagem.
 
 
 
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