Segunda: Mariposa - Redding
11.07.2011
Esse dia começou como uma viagem sem rumo claramente definido. Queríamos avançar para o norte, e basicamente fomos rodando até onde achamos que estava na hora de parar. Ao longo da viagem tivemos a sorte de colecionar subsídios para definir como seguir: primeiro encontramos, numa parada de descanso, o que se poderia chamar de típico caipira americano. Ele fez uma lista de lugares interessantes em Oregon e Washington, que nós aproveitamos bastante.
|
A pistola não é compatível com o tanque |
Mais adiante encontramos um motociclista 'disfarçado' (estava de carro) que puxou conversa e acabou nos dando também outras dicas. Essas não seguimos muito porque elas representavam uma volta que não tínhamos tempo para dar. É muito bom conversar com esse pessoal, embora nem todos sejam receptivos, ou talvez nós não o sejamos, mas quando dá certo pensamos que precisaríamos de pelo menos uns dois meses em cada estado para ver, pelo menos, metade do que há para ser visto.
Mas enfim, fomos rodando até Redding, onde achamos que era hora de parar, e foi o que fizemos. Tipica parada de meio de viagem: procurar motel, comer, e andar um pouco pela redondeza para esticar as pernas. Primeiro um pequeno susto: parte do motel em frente ao nosso era um monte de escombros carcinados; havia se incendiado no dia anterior.
E como acontece muitas vezes, nossa caminhada trouxe uma bonita surpresa: o rio Sacramento, que já serpenteava acompanhando a estrada e cruzando-a diversas vezes, também corre através de Redding. E em nosso passeio encontramos, na margem do rio, um parque, muito grande e com lugares para fazer piquenique, um parque aquático, quadras de tudo quanto é esporte: futebol, soccer, pista de skate, e o mais interessante, um setor de proteção ao salmão na época dele vir do mar para o rio, que eles chamam de 'escada de peixes' (fish ladder).
|
Por todo lado, verde |
|
Rio Sacramento |
|
Grade de ponte decorada |
A prefeitura construiu uma barragem no rio para coletar água para irrigação, e para assegurar que os salmões continuem podendo subir o rio para desovar, fizeram uma espécie de labirinto com desníveis próximo à margem para que os peixes possam usar para contornar a barragem. E o mais legal é que fizeram quatro janelonas com vidro, abaixo do nível da água, para que se possa observar essa subida. Só não ficou claro como os peixes ficam sabendo que é por ali que devem subir...
Muito interessante, mas logicamente não era a época certa, como também não foi a época certa de se ver as baleias nas praias da Baja Califórnia, no México, além de muitas outras atrações para se ver. Mas não tem problema, pois tudo o que temos visto já nos deixa encantos e agradecidos.
E esse cuidado de preservação da natureza, inclusive com investimentos nada irrelevantes, é mais uma vez uma coisa que emociona e entristece quando pensamos como estamos longe disso no Brasil.