Quinta-feira: Vancouver - Victoria
21.07.2011
Era dia de partida para todos: Renato e Edson em direção a Seattle e nós para Victoria, capital da British Columbia, localizada na Ilha Vancouver. Sem pressa, ainda conversamos um pouco no estacionamento do hotel, tiramos fotos e nos despedimos alegres pelo reecontro e tristes pela rápida separação.
Saímos do hotel, cada um com seu GPS programado, pensando que atravessaríamos a Lions Gate Bridge e logo depois nos separaríamos. Acabamos tocando juntos quase até o posto de fronteira com os EUA - só uns poucos quilômetros antes sai a estrada em direção a Tsawwassen, de onde parte o navio para Victoria. É no que dá não olhar o mapa...
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Renato e Edson partindo conosco |
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Harmonia entre antigo e moderno |
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Museu de arte |
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Esperando nossa vez para entrar no ferry |
A aproximação do terminal de ferry da BC Ferries já é interessante: eram 10h35 e faltavam uns dez minutos para chegar ao terminal; apareceu um luminoso por cima da estrada: "Victoria ferry, 11:00, 73% full". Fica-se pensando: acelero para pegar ou vai encher e é melhor parar para um café?
Fomos otimistas e não tivemos nenhum problema para comprar a passagem. A formação da fila para entrar foi meio maluca: nos mandaram ficar no fim de uma fila bastante longa de carros. Pouco depois chegou uma funcionária dizendo que houvera um engano e deveriamos avançar para o início da fila para embarcar primeiro. Fizemos isso e ficamos junto com outra moto esperando... até que todos os carros fossem embarcados. Não entendemos muito bem a lógica do processo, mas tudo bem.
O embarque propriamente dito é uma operação impressionante: o terminal conta com pistas em níveis diferentes para acesso a cada um dos decks do navio, cada uma com duas faixas de rolamento. Eles enchem aquele monstro em uns dez minutos! Um espetáculo de eficiência! Na foto ao lado estávamos entrando no deck superior.
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Entrando no ferry |
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Algumas fotos ao longo do caminho |
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Algumas fotos ao longo do caminho |
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Algumas fotos ao longo do caminho |
A viagem em si, com 1h30 de duração, é muito bonita. Olhando o mapa dessa região toda, desde ao sul de Seattle até o Alaska, é tudo um inacreditável labirinto de ilhas, no continente e mesmo nas ilhas maiores há inumeros braços de mar, que dificultam muito saber se se está vendo mar ou um lago. O navio serpenteia entre essas ilhas todas, e em nenhum momento se vê água 'aberta' para nenhum lado: estávamos sempre cercados de terra firme por todos os lados, e ficávamos imaginando por onde passaríamos para avançar.
E ao longo de todo o trajeto quase idílico, casas e marinas espalhadas por muitas das ilhas, e um tráfego intenso de barcos, iates e ferrys locais, interligando esse mundo espalhado pela água.
Mas o duro para nós, brasileiros do sudeste, é conviver com o verão dessa região: é terrível, pois há muito vento e se você está na sombra fica frio, mas quando se está no sol, meio escondido do vento, o sol é de torrar. Difícil! Nós, andando de casaco usado na moto, mais o agasalho de chuva, para quebrar o vento e echarpe, e o povo de bermuda, chinelo de dedo. Não dá para entender, pelo jeito somos muito friorentos... Mas 16 graus são dezesseis graus, e com o vento a sensação térmica deve ser de uns 12 graus.
Chegando à ilha fomos primeiro ao hotel nos registrar e trocar de roupa - queríamos visitar Butchart Gardens, e o sol estava muito forte para encarar com roupa de cordura... mais uma vez o paradoxo climático!
A Ilha Vancouver, situada no Oceano Pacífico, com 34.134 km2, é a maior ilha do lado oeste do continente americano. Curiosamente, a capital de British Columbia, Victoria, localiza-se na ilha Vancouver, enquanto a cidade homônima, Vancouver, não. E também é comum, em relatos por aí, a confusão entre a principal cidade da ilha, Victoria, com a ilha Victoria, uma ilha bem maior situada no Oceano Ártico.
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Entrada dos jardins |
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Abelhinha trabalhando |
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Originalmente a residência dos proprietários |
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Entrada do jardim japonês |
E fomos a Butchart Gardens. É uma área de 550.000 metros quadrados, com quase metade estruturada na forma de vários jardins temáticos: japonês, de rosas, italiano, dálias. É um trabalho fantástico de paisagismo, criado pela proprietária inicial com seus jardineiros e paisagistas, quando ela ainda morava lá. Hoje é um parque dirigido pelos herdeiros, mas que deve se sustentar com as entradas: mais uma vez pagamos mais de Can$ 60,00 para entrar. Fazer turismo no Canadá está definitivamente se mostrando muito caro!
Além dos jardins há um palco onde há apresentações de conjuntos musicais. Nesse dia era um conjunto de música para dançar, e o público podia subir ao palco para isso. Foi muito interessante ver a quantidade de pares que subiu, e o estilo de muitos deles: grande parte levou seus sapatos especiais para dançar, e dançavam mostrando coreografias muito definidas e individualizadas. Devem ser pessoas que participam de algum clube de dança ou até mesmo de concursos de dança, muito comuns nos EUA e Canadá, e que vão atrás de locais para dançarem e fazem sucesso. Havia até uma senhora bem idosa, que devia ter quase oitenta anos de idade! Essa apresentação começou às 20h00 e ficamos apreciando os dançarinos e a excelente banda até às 21h, quando nos rendemos ao frio e fomos embora.
E saindo do estacionamento ainda tivemos que olhar para os jovens que trabalham lá (provavelmente universitários que dessa forma ganham um dinheirinho nas férias de verão) de bermuda e camisa de manga curta - isso chega a ser provocação!