Destino Alasca

Segunda-feira: Port Hardy - Prince Rupert

25.07.2011

 
O roteiro que planejamos, em função das rotas e horários de ferry disponíveis, foi o seguinte:

1) Trecho Port Hardy - Prince Rupert, no Canadá - uma viagem de 15 horas, saindo às 7h00, no dia 26/07.
2) Trecho Prince Rupert - Juneau - uma viagem de 28 horas, saindo às 18h00 do dia 27/07.

Dessa forma teríamos uma noite tranquila de sono entre as duas viagens, sem necessidade de levantar novamente às 5h30 como hoje.

Nós não dormimos bem. É interessante como a ansiedade humana ultrapassa os limites do razoável: tínhamos colocados dois despertadores, mas mesmo assim foi um sono inquieto. Nem todas as pessoas são assim, mas nós somos, sabemos que não é nada bom, mas não sabemos o que fazer a respeito...

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Acordamos, então, antes da hora e pudemos nos arrumar com tranquilidade. Fomos para o pier, que se mostrou sert o destino de todos os veículos que se encontravam na rua àquela hora - e a temperatura era de 14 graus centígrados.

O ferry já estava de 'boca aberta' esperando por todos: ônibus, 12 motos, carros, motorhomes, trailers, umas 20 bicicletas – esse pessoal é muito corajoso. O embarque das motos foi super-organizado e bem estruturado. O Ferry tem um lugar apropriado para elas, com correias com catraca apropriadas para fixá-las. E a fixação foi feita por um funcionário do ferry - rápido e eficiente.

Compramos poltronas numeradas um pouco mais caro do que na geral - preocupados em ter um lugar definido e não ter que sair correndo para achar lugar bom com toda a tralha (jaquetas, capacete, etc.). Descobrimos que estávamos numa espécie de primeira classe, mas havia espaço sobrando nas poltronas normais e não teria sido necessário fazer essa reserva.

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Grupo de velhinhos turistas  
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Prince Rupert: Começou o labirinto de ilhas  













Por outro lado o conforto era bem maior: poltronas reclináveis com apoio para as pernas, o salão fica na frente da embarcação, com vista privilegiada. Mas há efeitos paralelos: você está no quarto deck e bem na proa: o navio sube e desce com as marolinhas - dá para provocar o estômago. E isso com tempo calmo, sem muito vento, sem chuva, no verão. Não queremos estar nesse ferry no outono, quando dizem que dependendo do tempo a viagem pode ser suspensa!

Mas depois dessas três horas iniciais o ferry entra na chamada Inner Passage - não tínhamos ideia da quantidade de ilhas, ilhotas que há nessa região. É um verdadeiro labirinto. E o trajeto feito é entre essas ilhas e estreitos - o ferry só balança no pequeno percurso de três horas que pegou em mar mais aberto, o resto da viagem é super-confortável. É muito interessante vermos até onde vai a nossa falta de conhecimento. Também são muito detalhes para se saber.

Quem acompanha nossa viagem pelo SPOT vai ter que fazer uma aproximação muito grande para ver como realmente viajamos: se ficar na vista inicial parece que viajamos por terra, de tão estreitos que são os canais por onde o ferry passa.

No início do caminho já vimos algumas focas que parecem se divertir nadando e mergulhando com aquela carinha, que parece estar sempre sorrindo. Ao chegar a Bella Bella, vila indígena, cuja população se dedica à pesca, e é um lugar com certa infraestrutura, pois possui hospital e indústria pesqueira, há mais movimento de barcos em seu entorno.

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Prince Rupert: Impossível não lembrar de San Blas  
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Reencontro com o Disney Wonder  
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Uma cidade ao longo do caminho  
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Prince Rupert: Esse labirinto é muito bonito  














E voltamos a encontrar o navio de cruzeiro Disney Wonder, que víramos em Vancouver, agora vindo do norte, voltando do cruzeiro que iniciara em Vancouver.

O ferry tem restaurante e uma cafeteria, com opções mais que suficientes para assegurar uma boa alimentação. Tratamos de assegurar que estaríamos alimentados ao chegar a Prince Rupert - boa decisão, pois descobrimos no dia seguinte que tudo lá fecha às 20h00 horas!

Passamos por Boat Bluff, considerado o mais cênico farol ao longo da Inside Passage, construído em 1907, ao sul da Ilha Sarah. Sua luz sinaliza a entrada do Canal Tolmie e pode ser vista a 320 km de distância. Esse ponto é considerado o meio da viagem entre Port Hardy e Prince Rupert e o lugar é muito bonito e bem cuidado, a pintura em vermelho e branco de seus edifícios dá certa alegria ao lugar.

Chegamos pontualmente às 22h00 a Prince Rupert, com uma chuvinha chata e tocamos o mais rápido possível para o motel que já havíamos reservado - não tínhamos nenhuma intenção de ter que procurar hotel àquela hora.

 
 
 
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