Sexta-feira: Juneau
29.07.2011
Tempo encoberto, vento frio e temperatura 13,5 graus - que verão maravilhoso...
A encarregada do café da manhã falou que ontem os ursos não apareceram no riacho - não perdemos nada. Aliás essa conversa de ver urso, deve ser igual à de ver baleias. Esses animais aparecem quando querem, você pode até tentar vê-los, mas ninguém garante que realmente eles estarão lá. Achamos que vamos desistir de ver ursos por aqui. Teremos, possivelmente muitas oportunidades de vê-los - a questão é se quando os encontrarmos eles estarão suficientemente longe!
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Nunca resistimos à profusão de flores |
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Totem no State Museum |
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Canoa de pele de morsa no State Museum |
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Roupa impermeável de intestino de urso no State Museum |
Fomos para um lugar fechado para evitar um pouco o frio: o Museu do Estado (State Museum). Ficamos lá quatro horas vendo o interessantíssimo acervo. Muita história, muitas explicações sobre a natureza, muitas informações: como vivem os vários grupos de nativos, como aproveitam animais, aves e a vegetação para fazer roupas, embarcações, utensílios para casa, armas, chapéus, adereços pessoais além do óbvio, alimentação. Ainda queríamos ver mais dois museus, porém não deu tempo.
Depois fomos procurar uma loja para comprar gorros de lã para podermos suportar o verão desses dias por aqui. Compramos um para cada um, daqueles que cobrem a orelha. No caminho da loja vimos umas pessoas tão agasalhadas quanto nós. Comentamos que deveriam ser da América do Sul ou Central. Dito e feito, voltamos a encontrar o grupo na loja onde fizemos nossas compras e eles falavam em espanhol. Mas é muito contrastante: nós com gorro e luvas, antes era de capacete e luva, andando pelas ruas e o pessoal daqui de bermuda, camiseta, chinelo de dedo...
Como só se chega a Juneau por ar ou por mar, não há muito o que falar de estradas aqui. A única que pode ser chamada assim (tem número como toda estrada que se preze) é chamada de A Estrada (The Road). Ela tem aproxidamente 65 quilômetros, e simplesmente termina depois disso. Fomos dar uma volta de moto até o final da rodovia do lado sul da cidade. Depois de dez quilômetros, dos quais cinco com aviso de possibilidade de avalanches, chegamos ao fim – END -da estrada.
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Presa de morsa no State Museum |
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Gravação na presa da morsa no State Museum |
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Samovar no State Museum |
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Residencias encarapitadas no morro |
É um estrada estreita, não tão bem conservada que serve a várias casas que se encontram de ambos os lados da pista, no meio da mata. Chegamos a pensar em ir ao outro lado também mas acabamos desistindo: andar sessenta quilômetros para ver outra placa dessas não fazia muito sentido.
E havia outro navio de cruzeiro atracado. Parece haver muitas dessas viagens no verão. Elas partem de Seattle ou Vancouver e visitam várias cidades no Alasca. Deve ser interessante - só não sabemos para que as varandas de muitas das cabines (rsrsrs).
Voltando para a moto vimos algo curioso: um rapaz com uma vara de pescar num cantinho do cais, embaixo do navio de cruzeiro atracado. Ainda pensamos: pescando aqui, nessa água até com um pouco de mancha de óleo de tantos barcos e navios! Ele deve estar dando banho na isca. O tempo não estava bom e a namorada dele estava sentada numa pedra, olhando.
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Não há saída da cidade |
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A cidade vista de Douglas |
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A cidade vista de Douglas |
Paramos para ver e aí olhamos melhor a água e vimos, inacreditável... dezenas de peixes, com bons dois palmos de comprimento. E na linha nem isca tinha. Estamos até agora especulando se ele estava tentando fisgar um peixe com o anzol, tentando acertar um deles na cabeça com o peso da linha ou qual era a dele! Muito doido!