Quarta-feira: Anchorage
03.08.2011
Mais um dia de verão chuvoso. Mas isso não foi problema, pois queríamos visitar o Anchorage Museum.
É pertinho do hotel e fomos à pé. E realmente é uma lição de história, geografia, economia, política, arte, química, sociologia, estatística, matemática... Havia duas exposições temporárias, uma de fotografias da época da corrida do ouro e outra sobre grandes mamíferos - mastodontes, mamutes e elefantes.
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Jardins na entrada do museu |
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Jardins na entrada do museu |
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Elevador à altura dos bichinhos |
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Elevador à altura dos bichinhos |
A de fotos nos obriga a pensar como há seres humanos incrivelmente ousados e aventureiros: esse pessoal se enfiou nessa terra sem a menor noção das condições climáticas e de relevo que encontrariam, e saíram procurando (e muitos encontrando) ouro, inclusive no inverno!
A exposição de mamíferos nos proporcionou uma oportunidade difícil de se repetir: estava exposto um fóssil de filhote de mastodonte encontrado na Síbéria, e que é a grande atração para os estudiosos desses animais por estar perfeitamente conservado pelo frio.
A exposição permanente mostra artesanatos das diferentes etnias da região, réplicas das casas em que moravam, normalmente construídas de uma mistura de grama e barro para as paredes e um único cômodo. Fica-se sabendo como era a alimentação deles e como construíam suas embarcações. Há ainda informações não só a respeito da corrida do ouro, mas também da descoberta do petróleo.
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Modelo de mastodonte |
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Artefatos de cultura indígena do Alasca |
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Anorak feito de pássaros |
Essa visita ao museu e um almoço no shopping em frente praticamente acabaram com o dia. Quer dizer, ainda era cedo, mas com a chuvinha chata ainda presente não dava muita vontade de continuar batendo pernas.
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Essas limousines não têm limites |
Na realidade os dias são bem longos por aqui: com tempo bom só escurece completamente lá pelas 23h00, e a primeira claridade do dia aparece em torno das 4h00. O chato é que o tempo melhora um pouco lá pelas 20-21h, às vezes até com um solzinho aparecendo, mas aí a gente normalmente já se recolheu!
E nessas circunstâncias sente-se mais que nunca algo que não sabemos se já comentamos ou não: em nenhum lugar fora do Brasil encontramos casas ou hotéis com algum tipo de veneziana ou outra forma de bloquear a entrada de luz pelas janelas. A única forma de fazer isso é com cortinas escuras, mas sempre fica um vãozinho que deixa entrar uma fresta de claridade. A gente acaba se acostumando, mas sempre acontece aquele primeiro despertar em dúvida se já está na hora ou se ainda são 4h30.
Quando chegamos à tarde havia um recado preso em nossa moto. Um brasileiro que mora aqui queria falar conosco. Mas como amanhã vamos a Seward, ligamos para ele e combinamos de depois de amanhã nos encontraremos. Vamos ver se dará certo, pois temos curiosidade de saber como se vive aqui, principalmente como e por que um brasileiro veio parar no Alasca.