Destino Alasca

Quinta-feira: Anchorage - Seward

04.08.2011

 
Saímos cedo para ir a Seward, pois tínhamos reservado um passeio de barco que sairia às 11h00. Tempo meio ensolarado em Anchorage, temperatura 12ºC, bastante animador!

A estrada é bonita, no início acompanhando um braço de mar (Turnagain), que deve ser muito raso: ele tem muitos bancos de areia e praticamente não se vê embarcações. Depois de uma meia hora de viagem o sol desapareceu e a sensação de frio e umidade aumentou - o termômetro da moto não muda, mas é incrível com a ausência de sol altera a sensação térmica.

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Saindo de Anchorage  
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Braço de mar Turnagain   
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Trem da Alaska Railway  
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Ao longo da estrada para Seward  











E o que se vê ao longo dos muitos rios que deságuam no Turnagain? Claro, pescadores vestidos com aquelas calças de borracha que chegam até a metade do tronco, enfiados na água, aparentemente muito felizes com o tempo! Eles devem achar nosso verão intolerável...

São uns 200 km de estrada bem conservada, com uma serra de um pouco mais de 400m de altura a meio caminho - pronto, a temperatura cai para 10ºC. E para completar começou um chuvisquinho que nos acompanhou até o destino. É nessas horas que se aprecia muito o comportamento dos motoristas daqui: claro que aumenta a tensão de pilotagem, mas não se é ultrapassado a cada dois minutos por algum maluco que acha que chuva não tem perigo; o pessoal fica calmamente atrás da gente esperando uma oportunidade realmente segura de ultrapassar ou simplesmente acompanhando nossa tocada numa boa.

Deixamos a moto e as roupas no hotel e fomos pegar os cartões de embarque para o passeio de barco pelo Kenai Fjord. A encarregada avisou que o mar estava meio agitado e, sugeriu enfaticamente (sic) tomar remédio contra enjôos - havia à venda na lojinha ao lado. Chegou inclusive a informar que qualquer passageiro poderia cancelar e eles devolveriam o dinheiro, e que caso não fosse possível concluir o passeio eles devolveriam parte do valor pago.

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Marina em Seward  
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Praça no porto de Seward  
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Fauna local, lontra marinha,antes mesmo de embarcar  
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Focas  













Aí, baixou aquela dúvida: to go or not to go! Comprar ou não comprar o remédio? Puxa, já fizemos tantos trechos de barco nessa viagem e não tivemos nenhum problema. Se bem que sempre pegamos o mar, ou rio, tranquilos. E a chuvinha e a neblina continuavam. Será que dará para se ver alguma coisa com tanta neblina e esse chuvisco que às vezes aumentava? Afinal esses passeios não são baratos (US$ 240 para os dois), e não queríamos 'jogar esse dinheiro fora'. Acabamos decidindo ir, e ficamos muito felizes por isso! E sem remédio - o mar não era tão revolto assim!

Valeu e muito! A diversão já começou na ponte de embarque, onde havia uma lontra marinha para nos saudar. Não sabemos porque, mas elas têm esse costume de nadar de costas, olhando para a gente...

O passeio de barco dura seis horas, percorrendo Resurrection Bay, onde fica Seward, e Aialik Bay. Para passar de uma para outra pega-se um pouco do Golfo do Alasca, e é aí que o mar fica um pouco mais bravo.

O barco vai passando por várias ilhas, beirando a costa, e aí estão algumas das atrações: focas, leões marinhos, pássaros de umas oito variedades em grande quantidade... O comandante vai avisando e explicando o que há para se ver, sempre parando o barco: é um tal de ir de um lado para o outro, todos querendo fotografar, olhar de binóculo... É um senta, levanta ininterrupto!

E também deu para ver baleias, orcas e lontras marinhas. Quando se passa por essa experiência a pergunta inevitável é "Como fazem para tirar aquelas fotografias maravilhosas que a gente vê nos prospectos???". Até vimos uma baleia pular quase com o corpo inteiro para fora da água, mas quem disse que a câmera estava apontada para onde isso aconteceu?

Depois de muita frustração optamos por filmar: deixávamos a câmera 'rodando' e só virávamos para lá ou para cá de acordo com o que parecia ser alguma coisa. Aí deu para registrar alguns movimentos, mas mesmo assim é bem frustrante: se a gente grava pode rever depois, caso contrário acaba não vendo direito ao vivo e sem um registro para ver depois.

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Ah, também vimos baleias  
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Geleira Aialik  
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Pedaços que caem da geleira  
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Bonito efeito de erosão  













Para completar o passeio o barco parou em frente à geleira Aialik, lá no fundo da baía de mesmo nome. Ela termina diretamente no mar, e é muito gelo! Mesmo assim, na volta mostraram no barco fotos de um século atrás, e ai se vê o quanto ela já derreteu - e não há retorno dessa perda. Mesmo assim a visão é de arrepiar! E enquanto estávamos lá alguns pedaços de gelo se desprenderam. E nas águas há muitos pedaços soltos boiando.

Nesses passeios recordamos de nossa ida a alguns canions no Brasil, onde ao chegar a um ponto estratégico o barco para e quem gosta dá um mergulho e fica um pouco na água. Aqui, quando o barco, que está com o aquecimento ligado, para, colocamos o agasalho, touca e luva para sair e fotografar as belezas que aparecem. É um contraste muito interessante!

Voltamos são e salvos, sem enjoar e com lindas lembranças além das fotos! Caminhamos para o hotel, logicamente, na chuva. A cidade é pequena, tem cerca de 3.000 habitantes, mas é o sétimo porto pesqueiro mais lucrativo dos Estados Unidos e a sua segunda atividade econômica é o turismo.
 
 
 
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