Destino Alasca

Quinta-feira: Whitehorse - Watson Lake

11.08.2011

 
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Ooops, errou o caminho, neblina?   
Este dia foi muito ruim! Saímos de Whitehorse com chuva, 9ºC e choveu durante toda a viagem, com temperatura sempre abaixo de 10ºC, chegando a 7ºC.. Foram aproximadamente 430 km. em que só paramos duas vezes, por absoluta falta de lugares onde parar.

A primeira parada, em Johnson's Crossing, foi uma dessas 'bolinhas' do mapa que se revela uma padaria, com 4-5 quartos de motel e um camping. Mas o lugar é muito simpático, com uma varanda externa com mesinhas e guarda-sóis - e esses guarda-sóis são eficientíssimos: eles guardam o sol só para eles e a gente nem pode vê-lo ou sentí-lo.

Tomamos chocolate quente e uma tortinha de massa folheada com recheio de geléia de blueberry e com cereja, que estavam deliciosos. Eles mesmos fazem a geléia e a massa, além de pão caseiro e vários outros doces e tortinhas salgadas. É incrível encontrar um estabelecimento desse padrão 'perdido' ali na beira da estrada. Foi muito bom: além de esquentarmos, fomos bem servidos.

É enorme a quantidade de rios e lagos muito grandes que existem ao longo dessa estrada. Alguns que nos impressionaram o suficiente para anotarmos os nomes foram o lago Marsh, e os rios Teslin e e Rancheria. E Johnson's Crossing é o ponto de travessia do rio Teslin, com uma ponte com um piso horrível para motos: é uma grelha metálica, na qual a moto vai dançando - não se tem nenhum controle, só dá para segurar firme o guidão e esperar que a moto chegue ao outro lado.

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Quarto do Big Horn Hotel, móveis estranhos!   
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Quarto do Big Horn Hotel, móveis estranhos!   
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Piso de ponte, horrível para motos  
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Rio Teslin  


Paramos uma segunda vez, depois de quase 180km de estrada - um outro local antes desse fechou em 2009, e há até uma reportagem num quadro sobre a fuga dos comerciantes à beira dessa estrada. Nâo é difícil entender: perguntamos ao proprietário como era na época do inverno, ele falou que de setembro até maio ele fecha, pois no inverno a temperatura pode chegar a -40ºC e fica tudo embaixo de neve. Queríamos ter perguntado o que ele faz da vida nesses outros meses, mas achamos que seria muita intromissão.

Esse local chama-se Continental Divide, é um dos pontos por onde passa a linha que divide as bacias hidrográficas dos rios que correm para o Pacífico, Atlântico e Ártico.

Antes de chegarmos a Continental Divide, passou um harleiro todo tranquilo, com os pés descansando na pedaleira, a roupa de chuva parecia estar inflada com o vento. Ao pararmos encontramos com ele e comentamos das condições climáticas, ao que ele respondeu que para ele não tinha problema pois estava com calça, jaqueta, luvas e botas com aquecimento elétrico. Ah, assim é a história muda. Mas mesmo assim ficamos impressionados por ele estar viajando de capacete coquinho (para quem não conhece, são aqueles capacetes que só têm uma cobertura superior, sem viseira e sem queixeira). Aquilo deve pegar um vento miserável!

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Ponte sobre o rio Teslin  
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Ooops, errou o caminho, neblina?   
Durante a viagem estávamos comentando sobre esses equipamentos, e de repente caiu a ficha: esse pessoal está excepcionalmente equipado para enfrentar o inverno, mas estão usando... no verão!

Uma coisa que notamos foi o aumento de caminhões na estrada. Até Whitehorse foi bem raro cruzar com algum deles - ficamos até nos perguntando se essa estrada ainda tem alguma importância econômica. Mas nesse trecho de Whitehorse até Watson Lake cruzamos com mais de 50 caminhões. Voltamos a civilização, talvez?

Outro detalhe é que o pessoal por aqui não usa guarda-chuva, mesmo. Já havíamos percebido no Alasca, mas em Yukon também. Em Juneau até um prospecto turístico chamava atenção para essa característica do povo. Será que eles já se conformaram que no verão chove e caminham na chuva numa boa? Bem, a chuva que enfrentamos até agora não é forte, dá para encarar com um casaco e capuz impermeável, que é o que parece ser o que usam por aqui.

 
 
 
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