Até “Ponte di Legno” tínhamos rodado mais de 2.400 km e estávamos chegando ao fim de nossa jornada alpina. Desde nossa partida em Milão já haviam se passado 10 dias, 6 dos quais rodados integralmente em estradas de montanha.
Todos têm suas listas de predileções: as mais belas praias; as melhores cidades para viver; os melhores restaurantes; os melhores filmes e livros; etc.
Nosso percurso na Suíça acompanhou o curso de dois importantes rios europeus: o rio “Ródano” (Rhône, em francês) e o rio “Reno” (Rhein, em alemão), sempre por estradas secundárias de montanha.
“Val d`Isère” é um famoso “ski resort” que começou a ser desenvolvido nos anos 30, anteriores à 2ª Guerra Mundial, e sediou algumas provas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1992.
Um pouquinho da etiologia da palavra francesa “col”. Vem do latim “collum”, que significa “pescoço”. Assim como o pescoço, que une a cabeça ao tronco, o “col” é uma passagem (passo) pelo ponto mais alto de uma montanha que liga dois vales alpinos contíguos. Também é chamado de “colle” na Itália.
Não sem razão, Moustiers-Ste-Marie – ou mais simplesmente “Moustiers” - tem o título de “Uma das Mais Belas Vilas da França” (Un Des Plus Beaux Village de France).
Partimos da vila do “Col de Turini” (não passam de 4 ou 5 casas e pequenos hotéis de montanha próximos às trilhas do Parque Nacional Mercantour) com destino ao “Gorges du Verdon” com uma temperatura agradável e um belo sol anunciando que a etapa do dia seria esplêndida.
Rapallo é um balneário na “Riviera di Levante” italiana (algo como Riviera do Sol Nascente em uma tradução livre) - Região da Liguria – que, graças ao seu clima ameno, foi residência de inverno de muitos italianos abastados nos anos 30 (pré-guerra) do século passado.
A viagem começou em Milão. Vencida a ansiedade e os pequenos transtornos iniciais – arrumar a bagagem nas motos e enfrentar o trânsito urbano – rumamos para nosso primeiro destino de pernoite, Pavullo nel Frignano, no meio dos montes Apeninos da Região da “Emilia Romagna”.